quinta-feira, 1 de julho de 2021

Manual do Zueiro Sem Noção no V JANELA QUEBRADA

 



Em tempos catastróficos, de perdas materiais e imateriais, em que o retrocesso teima em avançar, a arte resiste como ferramenta de (re) invenção, experimentação e risco, quebrando e reconstruindo janelas, na busca da possibilidade de criar mundos outros. 

Buscamos a vastidão que rompe janelas de distância entre o real ficcionado contemporâneo, rumo às telas heterotópicas de modos de vida organizados pelo bem viver, o que versa da capacidade imaginativa e criativa que gestamos enquanto grupos humanos margeados na diversidade e na desigualdade.  Relacionado que está com o espaço ao redor, através de imagens e narrativas que desvelam nosso isolamento social, político e afetivo nesse Brasil pandêmico. 

O corpo utópico da V JANELA QUEBRADA  propõe apresentar produções de invenção e risco que se relacionam com o contexto presente, de ascensão fascista no governo brasileiro e seu projeto necropolítico, catalisado pela pandemia viral, negacionismo anticientífico e ausência de luto coletivo, apesar de uma mortalidade jamais presenciada em tal escala. Como contraponto singular a V JANELA QUEBRADA insiste na afirmação de  outros mundos possíveis, da  autonomia, da subversão, da criação de formas de reação. 

Alimentar a caosmose, onde o obsceno se faz mise-en-scene em reterritorialização e agenciamento dos desejos. Fazer, desfazer e refazer narrativas que mobilizem os corpos utópicos. Constelando metáforas em busca de uma plasticidade radical. Memento Mori. Obras que desvelam o luto, a ira, a resistência, a cura.

A mostra JANELA QUEBRADA – cinema de invenção e risco surgiu em 2016 em João Pessoa e foi concebida dentro do ambiente acadêmico (CCTA/UFPB), a partir das discussões e trocas entre alunos e professores dos cursos de cinema e radialismo interessados em dar visibilidade a produção de cinema experimental produzido no Estado da Paraíba.

O V JANELA QUEBRADA – cinema e outras artes de invenção e risco convidou criadores de todo o Brasil para inscrições de filmes digitais experimentais, documentais, ensaísticos, vídeo performáticos, experimentos sonoros, fotográficos, microfilmes, performances musicais e obras processuais que tangenciam os campos das artes e biotecnologias – em qualquer formato, realizados entre 2018 e o momento da inscrição, para exibição/projeção em meio digital (site da mostra).



Programa do dia 07/07

Dead See
Lockdown Já
Búfala
Você já tentou olhar nos meus olhos
Disneyloka 2093
Abejtas 288
Manual do Zueiro Sem Noção
Tente Não existir
Ensaio
Éramos em Bando
Pagar para respirar
Pelo ar, que é o sopro dela
Varietè Virtual Experimental 


http://janelaquebrada.com.br/



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