terça-feira, 24 de novembro de 2015

BÂNGALA: YAKÃ AYÊ


To super feliz com o convite de meu grande amigo Uirá dos Reis pra participar da exposição: BÂNGALA: YAKÃ AYÊ. Segue abaixo o texto postado pelo Uirá no Facebook a respeito da curadoria.

Eu e Yuri Firmeza fizemos a curadoria de uma exposição coletiva que abre agora dia 28 de Novembro na galeria A Gentil Carioca aqui no Rio, chamada BÂNGALA: YAKÃ AYÊ. Acreditamos que os 28 artistas participantes distribuídos em 9 linguagens, entre Jovens e Mestres, todos incríveis, nos ajudam a lançar um olhar fragmentário sobre o Brasil e sua arte.

"Dos muitos sentidos de Bângala, da língua minoritária Bantu ao governador da Angola, o que mais nos interessa é aquele apontado por Ana Miranda em “Musa Praguejadora – A Vida de Gregório de Matos”, qual seja, Bângala significa pau duro em língua Bunda. O mesmo procede com Ayê, palavra da língua Yoruba que, entre as variações de tradução (e toda tradução é transcriação) nos convoca a pensar o sentido de terra ou vida. Yakã, talvez a mais certeira das palavras, significa Rio em Guarani.

Bângala: Yakã Ayê seria assim, longe de um elogio ao falocentrismo, uma ode as vidas vividas num caudaloso fluxo. Asseguradas as peculiaridades de cada língua, criamos aqui uma situação onde estas línguas se toquem numa operação crítica ao regime de sobrevidas.

Nos interessa pensar a inexatidão e o deslize deste título como algo próprio daquilo que norteou esta curadoria. Como se a um plano totalizante, o respeito a gramática, as legislações e aos delineios assertivos, as obras aqui se contrapusessem numa espécie de glossolalia. Ou seja, obras e curadoria que privilegiam aos relações diferenciais em detrimento dos termos; que diz mais respeito à sintaxe do que aos aspectos léxicos."

Chico da Silva, Randolpho Lamonier, Henrique Viudez, Francisco De Almeida, Thor Ka, Marina De Botas, Sérgio Borges, Sérgio Gurgel, Victor de Melo, Leonardo Mouramateus, Joacelio Batista, Romy Pocztaruk, Luciana Magno, Solon Ribeiro, Simone Barreto, Dalton Paula, OSSO OSSO, Thiago Martins Melo, Rodrigo Martins, Paulo Nazareth, Juliane Peixoto, Adriele Freitas, Frederico Benevides, Alexandre Vogler, Ronald Duarte, Arthur Scovino, Samuel Tomé, Andre Parente.


Para maiores detalhes:
http://agentilcarioca.com.br/exposicao/bangala-yaka-aye/
https://www.facebook.com/events/1653663471567507/

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Mostra Livre Minas em Porto Alegre.


O vídeo "Bucólica" será exibido em Porto Alegre nos dias 21/08 e 22/08 dentro da curadoria "Mostra Livre Minas" organizada pelos queridíssimos amigos do Cine Água, Dirnei Prates e Nelton Pellenz. A mostra faz parte da Semana do Audiovisual promovida pelo Centro Cultura Vila Flores em Porto Alegre, que fica na  R. São Carlos, 753 no bairro Floresta na capital gaúcha.


Bucólica 4



Para maiores informações: http://vilaflorespoa.wix.com/semanaaudiovisual

Artistas participantes da Mostra Livre Minas:

Ana Moravi - No infinito oceano da multidão - 5 min - 2007
Anne e Gabraz - Oceanne - 5 min - 2013
Carlos Magno e Francisco de Paula - Kalashnicov - 10 min - 2005
CLSalvaro - São Mão - 30 seg - 2012
Daniel Saraiva - Vestes recém tiradas - 5 min - 2003
Dellani Lima- Estrela - 3 min - 2012
Gabriel Sana e Sara não tem nome - Sonho de Sara - 8 min - 2014
Igor Amin - Ave Sinfonia - 7 min - 2015
Joacélio Batista - Bucólica # 04 - 3 min - 2014
Juliana Alvarenga - Sheet music - 4 min - 2011
Randolpho Lamonier - Carbono 14 - 2 min - 2013
Sávio Leite - Vicachá - 3 min - 2014




domingo, 5 de abril de 2015

InShadow Film Cycle at Museu do Oriente in Lisbon


O Vídeo Luruskan faz parte da mostra InShadow que estará em exibição no Museu do Oriente em Lisboa. A seleção exibe um mosaico de visões e experiências inspiradas no Oriente, neste caso concreto na dança e no cinema.


Em três sessões, serão apresentadas paisagens artísticas da cultura oriental, numa viagem pelas tradições rumo à contemporaneidade. Uma selecção de vídeo-dança e documentários sob a lente de realizadores internacionais e imaginário de coreógrafos consagrados como Akram Khan, centrada no corpo, movimento, imagem e processos criativos.

Local: Auditório - Museu do Oriente
Datas: 31 Maio |  14 Junho | 5 Julho
Horário: 17h
Entrada: 2€



PROGRAMA
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31 Maio | VÍDEO DANÇA | 17.00
Duração total 61’ 

Pierre Larauza 
Landscape Duet 
Bélgica/Hong Kong | 16’ | 2012 
Hong Kong é conhecida pela alta densidade de construção, como uma selva de betão, mas muitos não estão tão familiarizados com a rica e verdejante paisagem envolvente. A companhia de dança t.r.a.n.s.i.t.s.c.a.p.e debruça-se sobre este imenso território e revela tanto a paisagem urbana quanto o ambiente natural, a partir de dois bailarinos que exploram fisicamente os dois cenários radicalmente opostos. 

Chiu Cheuk-Lam & Tien Hsiao-Tzu 
Drifting Dust 
Taiwan | 15’ | 2014 
Este trabalho explora os momentos incertos e impotentes que pontualmente ocorrem na busca incessante pelo significado na jornada da vida. Momentos que são como flutuar no oceano infinito, sentindo o embalo sem ver a costa. Esta sensação de flutuar profundo nasce frequentemente da incapacidade de encontrar a resposta ou agarrar algo concreto num dado instante. Este filme reflecte esta deriva pela vida, onde se misturam sentimentos e impressões como “tensão”, “raiva”, “contradição” e “perturbação”.

Mark Freeman 
Body Without A Brain 
E.U.A / Indonésia | 6’ | 2014 
Body without a Brain é um risco elevado, uma dança fisicamente exigente para a câmara. Rianto parece estar em transe pois cria um encontro não premeditado com os elementos. 
Descreve o trabalho como uma pequena árvore sem raízes. A peça incorpora a ansiedade à medida que o mundo natural se torna cada vez mais ameaçado. Filmado em Kalimantan (Bornéu, Indonésia). 

Yung-Ting Yan 
Betwixt And Between 
Taiwan | 8’ | 2012 
“Os prédios de betão armado não revestido foram usados como uma metáfora. A imaginação de um país, para os habitantes de Taiwan, é resultado de frustração política e de uma existência ambígua. Lutamos e gritamos. Encontramo-nos, mas não somos capazes de nos entender. Aqui está também representado um momento transitório, de indecisão, algures entre duas alternativas, nem aqui nem ali, próximo da essência anárquica da vida, indistinto. Estive numa posição intermédia, no meio de um período de tempo. Um pouco confuso, mas com a certeza de partir sem qualquer explicação. “

Marianne M. Kim & Cheng-Chieh Yu 
Martiality, Not Fighting 
China | 10’ | 2012 
O filme segue um jovem bailarino chinês que desempenha o papel de objector de consciência. Ele move-se através do banal e do abstracto para deliberar sobre a questão “lutar ou não lutar”. A coreografia utiliza imagens icónicas e gestos marciais, ao mesmo tempo que combina dança pós-moderna e a cultura da arte marcial ‘Ba Gua Zhang’. Com uma energia em crescendo, espacialidades em permanente diálogo e mudança e trocas físicas, a coreografia desconstrói as expressões exteriores de luta da arte marcial. 

Johan Planefeldt 
Yuki 
Alemanha |  3’ | 2014 
Um encontro entre Tai Chi e Kung Fu.

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14 Junho | DOCUMENTÁRIOS | 17.00
Duração total:  47’ 

Mark Freeman
The Soul Of Dance 
E.U.A / Indonésia | 26’ | 2014 
Soul of Dance é uma introdução à diversidade vibrante de dança contemporânea na Indonésia. Baseado na tradição e nos idiomas do movimento moderno, este documentário apresenta excertos de 6 trabalhos, que vão de solos site-specific ao teatro musical multimédia.

Joacélio Batista 
Luruskan 
Brasil/Indonésia | 5’ | 2010 
“A fronteira do idioma e a minha completa ignorância a respeito dos costumes locais, deixaram-me à margem, um espectador solitário, preso ao meu olhar estrangeiro. Confuso, instigado, impressionado pela beleza dos movimentos, das cores e dos sons das jovens de Burujul. Qual a razão daquela coreografia? Tinha uma função religiosa? Era um ensaio para uma marcha militar? Um misto de ambos? Ou apenas uma inocente brincadeira de crianças? “

David Rousseve 
Two Seconds after Laughter 
E.U.A / Indonésia |  16’ | 2012 
Híbrido entre filme de dança, documentário e curta-metragem experimental, Two Seconds After Laughter entretece imagens deslumbrantes da Ilha de Java, música Sundanense original  e uma narrativa real poderosa, para criar um diálogo que transcende fronteiras, sobre uma ironia universal: ansiamos pelo lugar a chamamos casa e ao qual nunca poderemos regressar. Inspirado na experiência do bailarino Sri Susilowati, que regressou à Indonésia depois de 20 anos a viver nos Estados Unidos, o filme é uma meditação sobre a natureza da memória e um relato em jeito de fábula sobre as alegrias e o desfasamento emocional experienciado pelos imigrantes contemporâneos. 

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5 Julho  | DOCUMENTÁRIOS | 17.00
Duração total:  81’

Francesco Cabras/Alberto Molinari 
Akram Tree 
Emirados Árabes Unidos | 81 ’ | 2011 
The Akram Tree é uma viagem pelo mundo pessoal e profissional de um bailarino e coreógrafo de origens britânica e bengali, Akram Kahn. A minha inteligência está no meu corpo, diz Akram, o corpo construído a partir de uma observação incisiva da realidade, lendas e trabalho incessante é aqui bem representado por Gnosis, uma obra realizada em colaboração com sete artistas descobertos em diferentes cantos do mundo. Estas tradições e experimentações da Índia, Japão, Paquistão, Inglaterra, Egipto, Iraque e Bangladeche colaboram juntas para criar um trabalho que se encontra entre o clássico kathak indiano e a dança contemporânea. O filme retrata a história deste ser humano peculiar e a aventura artística onde o olhar transcende a narração influenciado pelo local onde o documentário foi filmado: a futurista e conflituosa cidade de Abu Dhabi rodeada por paisagens desérticas e metafísicas. 


Uma co-produção Vo’Arte e Museu do Oriente


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

MFL 2015



Saiu hoje a seleção da Mostra do Filme Livre 2015, Os vídeos Abordagem, Imerso e Terra do meio produzidos na pareceria entre Nelton Pellenz e Joacélio Batista serão exibidos no festival que ocorrerá nos CCBB do Rio, Brasilia, São Paulo e Belo Horizonte.


Rio = de 11 de março a 5 de abril
Brasília = 8 a 27 de abril 
Sampa = 29 de abril a 25 de maio 
Beagá = 3 a 22 de junho 


Confira também a lista completa dos filmes selecionados para o festival.


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

RIO ABERTO no Projeto Café@mostra no Café Sesc Palladium em Belo Horizonte

Convido os amigos para a exibição do vídeo  Rio Aberto no Projeto Café@mostra no Café Sesc Palladium em Belo  Horizonte. O vídeo realizado por Joacélio Batista e Nelton Pellenz, durante a Videoresidência promovida pela Galeria Mamute de Porto Alegre  ficará em exibição entre os dias 15/01 à 01/03/2015. Compareçam!




Estimulados por deslocamentos pelas águas do Rio Guaíba, que circunda parcialmente a cidade de Porto Alegre (RS), os artistas deixaram-se levar pelas solicitações da geografia e dos encontros. A ideia principal foi se lançar pelas paisagens, deixando-se levar pelo ritmo, movimentos e sensações. Com conteúdo imersivo, sensorial e tensionador, os vídeos propõem relações entre a cidade e a natureza. No tríptico Rio Aberto, as margens foram perseguidas em um passeio brando, provocando a sensação de solitude; são imagens sutis que fazem o olhar do espectador vagar, descobrindo detalhes de uma paisagem que se desdobra lentamente.




15/ JAN/ 01/ MAR
Evento: Café@mostra - Rio Aberto de Joacélio Batista e Nelton Pellenz
Hora: 9h às 21h
Local: Sesc Palladium
Entrada gratuita.