Memória Viva do Sertão: “Conto o que vi, o que não vi não conto”

 

Memória Viva do Sertão: “Conto o que vi, o que não vi não conto”

Memória Viva do Sertão é um projeto idealizado por Beth Ziani e nasceu da literatura do escritor João Guimarães Rosa e de viagens por cidades do sertão de Minas Gerais. Entre o real e a ficção, surgiu o desejo de documentar a cultura local vivenciada pela população e retratada na obra pelo escritor. Cantigas e brincadeiras, serestas e danças, casos e histórias e a luta pela sobrevivência despontaram nas entrevistas que se tornaram fonte para a realização do projeto. O documentário “Conto o que vi, o que não vi, não conto” aborda a vida de sertanejos e sertanejas e coloca-os como narradores das suas histórias de vida com reflexões sobre a infância, a maturidade, as tradições, a religiosidade e as relações com a terra e as pessoas.

Ficha Técnica:

Direção e roteiro: Beth Ziani

Direção de fotografia e edição: Joacélio Batista

Direção de arte: Ronaldo Alves

Desenho de som: Jalver Bethônico

Pesquisa: José Osvaldo (Brasinha) e Fátima Coelho

Locais de gravações: Cordisburgo, Morro da Garça, Andrequicé/Três Marias, Corinto, Curvelo, Pirapora, Buritizeiro, Urucuia, Riachinho, Arinos, Chapada gaúcha, Parque Nacional Grande Sertão Veredas, Serra das Araras, Vão do Buraco, São Francisco, Montes Claros, Itacambira.

Duração: 72 min

Condeduque

Este año contamos con un doble comisariado:

En la programación oficial del festival la muestra en la Sala Polivalente “Cuerpos atravesados: la memoria lacerante” con los artistas: Fernando Llanos (méx), DEMOCRACIA​ (esp), Felipe Rojas (chi), Eugenio Merino / Indecline (esp/col), Joacélio Batista (bra), Anna Gimein (eeuu), Lía Letícia (bra) y Gabriela Golder (arg).

Y por otra, en la Sala de Bóvedas, comisariado por Adonay Bermúdez la muestra “Desobediencias y resistencias”  con las artistas: Marina Abramovic (yug), Teresa Correa (esp), Regina José Galindo (gua), Shirin Neshat (ira), Itziar Okariz (esp), Jürgen Klauke (ale), Matt Mullican (eeuu) y Sigalit Landau (isr).

Cuerpos atravesados: la memoria lacerante

08-19.09.2021

En la presente muestra de videoarte la diversidad de relatos y de decisiones alcanzadas para transmitir sus mensajes permiten acercarnos al duro ejercicio de la memoria, el daño causado por el poder y la búsqueda de relatos que resistan al olvido, a las lógicas del relato histórico manipulado y que narrar una mentira cien veces contada que se convierte en la verdad.

Hay muchas formas de dialogar con lo que acontece, aquí verá más de media docena que permiten alejarse de la oficialidad discursiva de la Historia en mayúsculas.

Entra, ocupa el espacio y contempla. Buen viaje.

Desobediencias y resistencias

08.09-21.10.2021.

Artistas: Marina Abramovic (yug), Teresa Correa (esp), Regina José Galindo (gua), Shirin Neshat (ira), Itziar Okariz (esp), Jürgen Klauke (ale), Matt Mullican (eeuu) y Sigalit Landau (isr).

Una exposición comisariada por Adonay Bermúdez. Coproducida por Gran Canaria Espacio Digital y Centro Cultura Contemporánea Condeduque.

Colabora: CA2M (España), Colección Pi Fernandino (España) y TEA Tenerife Espacio de las Artes (España).

Cuando el concepto de deber desaparece, somos libres, somos desobedientes frente a un sistema represor. En el momento en el que se suprime una acción robótica, nacida y alimentada desde un sistema heteropatriarcal, así sea con un acto aparentemente -y definido socialmente como- banal, el sujeto abandona su origen etimológico (de sujetar) y se convierte en individuo, descripción que lo convierte en persona libre. Así hablemos de una libertad temporal o con fecha de caducidad.

Numerosos estudios feministas han afirmado que hay un “hacedor” detrás de la acción. Sin un actuante, se afirma, no es posible la acción y, por lo tanto, tampoco la capacidad para transformar las relaciones de dominación dentro de la sociedad.1

La desobediencia es interesante y coherente en espacios donde el actuante puede ser escuchado. Es, por ello, que el análisis sociológico de la zona, el grado de oposición y la forma de comunicarla se sitúan como elementos fundamentales para que pueda ser efectiva. Evidenciar la injusticia, aunque sea de manera sutil, ya forma parte de la propia desobediencia, debido a que se recurre a un pensamiento contrario al impuesto. La queja siempre genera apatía porque desestabiliza los pilares de la sociedad actual, es, por tanto, que la desobediencia se postula como un ente híbrido, más allá de las relaciones originadas socialmente con la violencia.

Bajo un gobierno como el actual, las personas generalmente creen que deben esperar hasta haber convencido a la mayoría para cambiarlas. Creen que, si oponen resistencia, el remedio será peor que la enfermedad. Pero es culpa del propio gobierno si el remedio es peor que la enfermedad.2

Oponer resistencia, ahí está la desobediencia. Sencillo y eficaz. La revolución comienza en un acto individual que posteriormente será apropiado y repetido por otros.

Desobediencias y resistencias muestra acciones individuales, materializadas en videoperformances y ejecutadas como denuncia pública pero dentro de un pseudocivismo crítico cotidiano, es decir, acciones habituales o comunes dentro de nuestro día a día pero que han sido ligeramente modificadas, ofreciendo una nueva interpretación con una carga más agresiva y de confrontación directa con el espectador.

Todas las piezas que conforman este proyecto expositivo presentan primeros planos donde el/la artista cuestiona el rol de sumisión y obediencia, presentando

obras abiertas al debate (individual y colectivo). Son acciones que incitan una reacción por parte del público pero sin obligarle a tener una réplica prefijada. Son acciones culturalmente definidas como íntimas que ocasionan rupturas entre lo público y lo privado (o lo socialmente catalogado como privado) y provocan una discusión en torno a ello. Son acciones cotidianas que han sido subrayadas y, por tanto, enaltecidas, y sin aparente trascendencia, pero que hacen herida. Son acciones desestabilizadoras que rompen con las narraciones tradicionales y patriarcales.

Son acciones de desobediencia y resistencia.

Jugar al hula hoop con un alambre de espino, vomitar mientras se canta, orinar en espacios públicos, introducir monedas en una calavera, respirar con un esqueleto, responder a base de gritos a una declaración de amor, hipnotizarse como acto creativo o disparar al espectador.

¿Qué importa que la palabra revolución no esté en sus labios, si la revolución está en sus pensamientos y en sus hechos?3

https://proyector.info/project/08-09-2021-condeduque/

Intimidades da politikaos

 Intimidades da politikaos

Vivemos um momento em que o conservadorismo sequestrou a revolta e o caos é o método. Diante dessa realidade de uma teocracia miliciana neoliberal (que acumula nomes como as antigas aristocracias), sejamos platônicos demiurgos de mundos outros, imperfeitos, radicais, divertidos, íntimos, sensuais, desesperançados, embora amor dentro de nós tenhamos. Intimidades da politikaos apresenta obras que ofertam narrativas da criação como resposta à barbárie. Consideradas as “bocas” de um terreno ou casa, as portas são ao mesmo tempo proteção, comunicação e passagem, ligação entre o conhecido e o desconhecido. Em HABITUS Leonardo Gonçalves faz nas moradias estudantis da UFPB, uma cartografia social na qual as portas revelam a polissemia que se faz presente nesses espaços comuns. Uma experimentação audiovisual que explora as divergências e a diversidade discursiva de um período de crise. O poema de Álvaro de Campos que dá título ao experimento visual ULTIMATUM, de Alison Bernardes, mesmo tendo sido escrito em 1917, parece trazer as exigências capazes de pontuar qualquer conversa sobre o momento presente. Assim como Pessoa, Os cogitadores buscam responder aos anseios de seu tempo com uma declaração efusiva, e em sua forma audiovisual bastante espontânea. Em TENTE NÃO EXISTIR, Amanda Devulski traz imagens de arquivo que ironicamente bradam o presente de um lugar no tempo que não mais está. Uma dentre as várias crianças no registro de arquivo, a autora dilui aquela ideia da presença em uma escala topográfica, como em mapas que afirmam “você está aqui” e num gesto performático busca apagar a materialidade da sua presença. E é também a partir da hipérbole da escala topográfica que Kalor Pacheco inicia sua narrativa em MADEIRA DE LEI articulando sua história, lugar, fala e ancestralidade, com a trajetória social e histórica atravessada pelas mulheres negras e periféricas determinadas a atuar no trabalho doméstico, na tarefa do cuidar e servir. Uma narrativa que é um exemplo incontestável de que o pessoal é político. Embora sua produção também atravesse sua vida pessoal (Entre o terreiro e a cozinha, O menino que colhia cascas, Fugaz) em MANUAL DO ZUEIRA SEM NOÇÃO, Joacélio Batista apresenta um manifesto irônico e lúdico inspirado nas cartilhas de resistência anticapitalista. Com uma fotografia primorosa e uma abordagem despudorada das estratégias que alimentam a resistência, faz lembrar que rir também é um ato político. Como em uma caminhada montanha acima, SONÂMBULOS de Tiago Mata Machado garante uma experiência densa. O desamparo como uma exceção tornada regra, diante da incontestável insuficiência das democracias liberais necropolíticas em garantir à humanidade afetos soberanos, “como se a morte não fosse”, é a sensação expressa em uma narrativa que se estende como uma noite interminável, em que a vigília se confunde com o pesadelo. Ensaístico, alegórico, filosófico, incômodo, um filme que fala para o seu tempo e para os que virão “sobre um mundo branco que definha”.

http://janelaquebrada.com.br/portal/enredamento-curatorial/

MANUAL DA ZUEIRA SEM NOÇÃO RECEBE MENÇÃO HONROSA NO ZONA DE CINEMA.

 

Manual do Zueiro Sem Noção no V JANELA QUEBRADA

 

Em tempos catastróficos, de perdas materiais e imateriais, em que o retrocesso teima em avançar, a arte resiste como ferramenta de (re) invenção, experimentação e risco, quebrando e reconstruindo janelas, na busca da possibilidade de criar mundos outros. 

Buscamos a vastidão que rompe janelas de distância entre o real ficcionado contemporâneo, rumo às telas heterotópicas de modos de vida organizados pelo bem viver, o que versa da capacidade imaginativa e criativa que gestamos enquanto grupos humanos margeados na diversidade e na desigualdade.  Relacionado que está com o espaço ao redor, através de imagens e narrativas que desvelam nosso isolamento social, político e afetivo nesse Brasil pandêmico. 

O corpo utópico da V JANELA QUEBRADA  propõe apresentar produções de invenção e risco que se relacionam com o contexto presente, de ascensão fascista no governo brasileiro e seu projeto necropolítico, catalisado pela pandemia viral, negacionismo anticientífico e ausência de luto coletivo, apesar de uma mortalidade jamais presenciada em tal escala. Como contraponto singular a V JANELA QUEBRADA insiste na afirmação de  outros mundos possíveis, da  autonomia, da subversão, da criação de formas de reação. 

Alimentar a caosmose, onde o obsceno se faz mise-en-scene em reterritorialização e agenciamento dos desejos. Fazer, desfazer e refazer narrativas que mobilizem os corpos utópicos. Constelando metáforas em busca de uma plasticidade radical. Memento Mori. Obras que desvelam o luto, a ira, a resistência, a cura.

A mostra JANELA QUEBRADA – cinema de invenção e risco surgiu em 2016 em João Pessoa e foi concebida dentro do ambiente acadêmico (CCTA/UFPB), a partir das discussões e trocas entre alunos e professores dos cursos de cinema e radialismo interessados em dar visibilidade a produção de cinema experimental produzido no Estado da Paraíba.

O V JANELA QUEBRADA – cinema e outras artes de invenção e risco convidou criadores de todo o Brasil para inscrições de filmes digitais experimentais, documentais, ensaísticos, vídeo performáticos, experimentos sonoros, fotográficos, microfilmes, performances musicais e obras processuais que tangenciam os campos das artes e biotecnologias – em qualquer formato, realizados entre 2018 e o momento da inscrição, para exibição/projeção em meio digital (site da mostra).

Programa do dia 07/07

Dead See
Lockdown Já
Búfala
Você já tentou olhar nos meus olhos
Disneyloka 2093
Abejtas 288
Manual do Zueiro Sem Noção
Tente Não existir
Ensaio
Éramos em Bando
Pagar para respirar
Pelo ar, que é o sopro dela
Varietè Virtual Experimental 

http://janelaquebrada.com.br/