Conheci Sagi Groner israelense radicado na Holanda em 2005 no VIDEOBRASIL. Os videomakers convidados pelo festival fizeram uma festinha em um dos quartos do hotel. Como não poderia deixar de ser, todos monidos de câmeras. Então alguém apagou a luz, eu e outros colegas ligamos os botões de visão noturna (nightshot´s sony) para seguir gravando. Foi a senha pra Sagi demosntrar todo seu ativismo. "Por favor desliguem seus Marine´s nightshots", lembrando a todos que aquela tecnologia havia sido criada para fins bélicos. Guardada as violas no saco, a festa seguiu noite a dentro.
No dia seguinte, durante a exibição de seu video podemos então assistir o discurso da noite anterior ganhar vida na tela. Top Light and the hounted man, (2004) mostra toda indignação do israelense ao uso da tecnologia ótica na guerra.
O video despertou minha curiosidade e fui loga a caça de mais. Sagi me presenteou com um dvd, onde pude conhecer mais do seu trabalho. Entre os videos o que considero a um dos vídos mais legais que já vi. Wireless Portrait (2004). Como um herói orwelliano Sagi sai a caça de câmeras de segurança em Amsterdã. a cidade holandesa está entre as cidades mais monitorados do mundo. Ao roubar sinal wirelles das câmeras de segurança, com um dispositivo instalado em sua mochila o artista recolhe registro de sua imagem pelas casas e no comercio monitorados de Amsterdã.
Wireless Portrait (2004) 02:15 from sagi groner on Vimeo.
A obsessão de Sagi pelos uso governamental dos tecnologia óticos gerou outros "ataques subversivos" que se transformaram em videos. Em Control of web cam (2005), ele se apropria das imagens do website Amsterdam.info que disponibiliza uma comera ao vivo 24h com visão para uma movimentada rua comercial da cidade. A Câmera on-line registra a chegada de Sagi que monta uma vara e com um espelho na ponta revelando a caixa preta. Já no divertidíssimo Seek and Hide (2004), Sagi invade um prédio em Belo Horizonte, acompanhado de uma trilha ao estilo James Bond, ele percorre as escadas do edifício bloqueando uma por uma todas as lentes das câmeras de vigilância.
Em 2009 ele e o videomaker mineiro André Hallak ofereceram workshop I-google no Festival de Inverno da UFMG. A oficina acabou sendo conhecida pelo "sequestro da equipe da TV globo". Ao entrar na sala de aula a equipe de reportagem foi surpreendida. As portas se fecharam e os alunos armados de suas câmeras fizeram um cerco a equipe invetando os papeis de entrevistador e entrevistado. Enquanto isso o circuito fechado de vídeo exibia os alunos proclamarem sue manifesto em um monitor do lado de fora. Perdidos e por que não confusos diante da performance onde a equipe de reportagem foi controlada pelos manifestantes, os mesmos abandonaram a sala de aula. Uma segunda equipe de tv visitou o local e aceitou participar da performance. Mas dessa vez eram da Rede Minas uma uma emissora estatal local e não a toda poderosa TV Globo que reportou o sequestro de sua equipe a direção do festival.
Para ler um relato em inglês sobre ocorrido com a equipe da tv Globo: